Eu vou crer...

A educação familiar traz consigo diversos princípios e propósitos. Um deles está no fato de serem repassadas às futuras gerações, características e comportamentos únicos, assimilados livremente ou não. Um exemplo clássico disso, é o fato de nossos pais no começo de nossa vida serem os responsáveis pelas nossas escolhas. Tudo, a forma de vestir, aonde vamos, o que comemos, com quem saímos, o que assistimos, no que iremos crer (apesar de ser de livre escolha um dia, o que nos é ensinado pesa mais do que imaginamos..)... Quando conseguimos mais maturidade, conquistamos espaço e confiança, permitindo que nossos pais nos deixem diversas vezes viver nossas próprias escolhas, e respectivamente, as consequências delas. A medida que o tempo passa, mostramos a eles que a convivência nos ensinou a forma correta de agir, as melhores escolhas as fazer, as companhias com as quais devemos compartilhar momentos. Deus nos trata da mesma forma. Apesar de sempre queremos ouvir fisicamente a Sua voz, Ele

Deus em sua magnitude exige de nós prudência e sabedoria. Nossas escolhas precisam estar resguardadas na Sua vontade soberana, independente da nossa interpretação de uma situação. Precisamos em um determinado momento, realizar uma travessia, entregando a vida, o passado, aquilo que nos leva sempre ao mesmo lugar, aquilo que é comum a cada detalhe do nosso eu, do nosso corpo, da nossa mente... Se assim não fizermos, nos manteremos sob a atuação inalterada daquilo que permanece parado no tempo e espaço, traduzindo, nós mesmos... Exigimos a perfeição, pelo simples fato de não a termos; A buscamos constantemente e não assumimos... Mas se a tivéssemos, faríamos pouco da mesma. Isso é ser humano, é pensar humano, é viver meramente no plano humano. Vi uma frase que dizia "O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito." Preciso dizer mais alguma coisa? Tudo que é perfeito é desumano, traduz diferença, traduz escolhas, traduz renúncias, traduz morte de si. O humano é imperfeito,